Costa no parlamento com economia e caso Galamba no centro do debate

©Facebook/antoniolscosta

O primeiro-ministro vai hoje ao parlamento para mais um debate sobre política geral, no qual procurará destacar a evolução da economia portuguesa para contrapor ao foco da oposição na série de incidentes que envolvem o ministro João Galamba.

Numa altura em que a polémica em torno do ministro das Infraestruturas domina o espaço mediático, António Costa deverá voltar a apresentar os dados do crescimento económico e da reduzida taxa de desemprego para desviar o foco do debate político do caso Galamba.

O ministro das Infraestruturas está envolvido em várias polémicas, nomeadamente a sua eventual responsabilidade na marcação de uma reunião entre deputados do PS e a ex-presidente executiva da TAP antes de a gestora francesa ir à comissão parlamentar de economia.

No âmbito da comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP, foram conhecidos episódios considerados mais graves e insólitos: Agressões no gabinete do ministro; um computador levado do ministério com informação classificada por um ex-adjunto (Frederico Pinheiro) que pouco antes tinha sido demitido; e recurso ao Serviço de Informações e Segurança (SIS) para a recuperação desse computador.

O debate de hoje acontece num momento de distanciamento do Presidente da República em relação a Costa e quando a oposição exige não apenas a demissão de João Galamba, como o conhecimento pormenorizado da intervenção de membros do Governo sobre o envolvimento do SIS.

António Costa tem afirmado que não teve conhecimento prévio da comunicação ao SIS do incidente com o computador e, perante os pedidos para a demissão da secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Graça Mira Gomes, designadamente por parte do PSD, defende a legalidade da atuação do SIS num caso que caracteriza como corriqueiro.

O primeiro-ministro tem sustentado a tese da existência de uma diferença entre o plano mediático e as “reais preocupações” dos cidadãos com as condições de vida, contrapondo com dados sobre a evolução da economia, como o crescimento de 2,4% no primeiro trimestre – um dos maiores da União Europeia -, a par de perspetivas de redução gradual da inflação e da dívida.

Tem também acentuado a ideia de que “a direita” quer precipitar uma crise política “artificial” antes de os benefícios económicos chegarem à vida da generalidade dos cidadãos.

CHEGA e Iniciativa Liberal defendem a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas.

O PSD não foi tão longe, mas no encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, no Funchal, o presidente do partido, Luís Montenegro, defendeu que o atual ciclo político dominado pelo PS está a chegar ao fim.

No BE, o debate parlamentar com António Costa será o último de Catarina Martins como coordenadora do partido, função em que será substituída por Mariana Mortágua.

Tal como as bancadas à direita do PS, o BE defende a audição do primeiro-ministro, “de preferência presencialmente”, na comissão de inquérito à TAP e entende que João Galamba não possui a indispensável credibilidade para continuar como ministro.

O PCP assume uma linha de oposição diferente, procurando centrar a sua intervenção nas críticas à degradação dos serviços públicos e na exigência de uma resposta mais efetiva contra o aumento do custo de vida, secundarizando os casos em torno de João Galamba.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a escolher o Algarve para assinalar a sua rentrée política, que será marcada por um jantar em Olhão que contará com um discurso do presidente do partido, André Ventura.
O partido CHEGA irá realizar uma manifestação contra a imigração descontrolada e a crescente insegurança que se vive nas ruas de Portugal.
O partido CHEGA apresentou, através de um comunicado divulgado na última segunda-feira, um Projecto de resolução nº /XVI-1.ª que recomenda ao Governo que proceda com urgência à actualização da tabela de honorários dos serviços jurídicos prestados pelos advogados no âmbito do apoio judiciário.
O líder do CHEGA/Açores admitiu hoje que, caso o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) recue na prioridade no acesso às creches para filhos de pais que trabalham, votará contra o orçamento da região para 2025.
O Ministério Público abriu um inquérito relacionado com ‘e-mails’ alegadamente falsos que a presidência da República terá recebido em nome da mãe das gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal tratadas no Hospital de Santa Maria.
O CHEGA vai requerer a audição urgente da ministra da Administração Interna sobre o alegado aumento da criminalidade em Portugal, anunciou o líder do partido, que disse pretender também ouvir os presidentes das câmaras de Lisboa e Porto.
O líder do CHEGA avisou hoje que qualquer medida do Governo que aumente o preço dos combustíveis em Portugal terá a "firme oposição" do partido no Orçamento do Estado, considerando que seria errada a nível político e económico.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o plano do Governo para a saúde falhou e que o setor atravessa um momento explosivo com notícias perturbadoras do funcionamento do sistema.

Numa carta enviada ao Presidente da Assembleia da República, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, fez saber que não vai prestar esclarecimentos à comissão parlamentar de inquérito sobre o caso das gémeas luso-brasileiras. Numa entrevista ao canal SIC Notícias, André Ventura afirmou que “o parlamento não consegue investigar” se o Presidente da República […]

A corrida às eleições presidenciais de 2026 em Portugal já começa a ganhar forma, com três nomes de peso a destacarem-se na preferência dos eleitores: António Guterres, Pedro Passos Coelho e André Ventura.