PP reivindica vitória e diz que há “novo ciclo político” no país

© facebook/NunezFeijoo

O líder do Partido Popular de Espanha (PP, direita), atualmente na oposição, reivindicou uma vitória clara nas eleições regionais e municipais de domingo, que considerou serem o início de “um novo ciclo político” no país.

“Espanha iniciou um novo ciclo político”, disse Alberto Núñez Feijóo, numa declaração a milhares de apoiantes do PP que se concentraram esta noite em frente da sede do partido, em Madrid, para celebrar os resultados das eleições regionais e municipais de domingo em Espanha, país que terá legislativas nacionais em dezembro e cujo Governo nacional é liderado pelos socialistas desde 2018.

Feijóo, antigo presidente do governo regional da Galiza, foi eleito presidente do PP há pouco mais de um ano e teve no domingo o seu primeiro teste eleitoral.

“Ganhou a centralidade frente ao radicalismo”, afirmou Feijóo, que considerou que o PP recuperou “a melhor versão” do partido, aquele que “que sintoniza com a maioria de Espanha”, “centrado, amplo, onde cabe a imensa maioria dos espanhóis”.

Para o líder do PP, o novo ciclo que se iniciou no domingo em Espanha vai prosseguir “nos próximos meses”.

“Sei que o meu momento chegará se os espanhóis quiserem”, disse o líder do PP.

Quem também reivindicou vitória nas eleições de domingo foi o VOX , tanto nas regionais, onde aumentou a representação nos parlamentos autonómicos, como nas municipais, onde alcançou 7,19% dos votos globais (tinha tido 3,56% nas autárquicas anteriores, de 2019).

Além disso, o PP só conseguirá governar em algumas das regiões e municípios onde ganhou as eleições no domingo com o apoio do VOX.

Para o líder do partido , Santiago Abascal, no domingo, o VOX “consolidou-se como projeto nacional” e como partido “absolutamente necessário” para construir uma alternativa à esquerda em Espanha.

O grande derrotado nas eleições foi o partido socialista (PSOE), atualmente no governo do país.

O líder do partido e primeiro-ministro, Pedro Sánchez, não fez declarações após serem conhecidos os resultados.

Coube à porta-voz do PSOE e ministra da Educação, Pilar Alegria, fazer uma breve declaração aos jornalistas em que admitiu o “mau resultado”.

“Não é o resultado que esperávamos depois destas semanas de campanha eleitoral e temos de fazer uma reflexão face aos próximos meses”, afirmou.

Líderes regionais dos socialistas admitiram também a derrota e falaram num “tsunami” que atingiu o PSOE por todo o território.

O PP venceu as eleições regionais e municipais de domingo em Espanha, cujo resultado inverteu o mapa anterior, dominado pelo PSOE.

No conjunto, o PP poderá ficar a governar oito das 12 regiões que foram a votos, a que se juntam Andaluzia e Castela e Leão, que anteciparam para 2022 as eleições e que o Partido Popular também ganhou.

O PP só governava duas das regiões que no domingo foram a votos (Madrid e Múrcia, que manteve).

Nas eleições municipais, que se celebraram em todo o país, o PP foi também o partido mais votado e conquistou à esquerda grandes cidades, como Sevilha e Valência, além de ter tido uma maioria absoluta em Madrid.

Os resultados das municipais e das regionais refletem uma mudança em relação às eleições anteriores, de 2019, em que o PSOE tinha sido o partido globalmente mais votado e com mais vitórias nas regionais

Esta é também considerada a primeira vitória eleitoral do PP em Espanha desde 2015.

Os resultados confirmam, em paralelo, o avanço do VOX na generalidade do território e o quase desaparecimento do Cidadãos, também de direita.

Estas eleições foram a primeira ida a votos este ano em Espanha, que tem também legislativas nacionais previstas para dezembro, no final de uma legislatura marcada pela primeira coligação governamental no país, entre o PSOE e a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos.

As eleições de domingo estão a ser vistas como um prenúncio das legislativas de dezembro.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.