CHEGA acusa Governo de querer controlar Ordens

©Folha Nacional

O CHEGA acusou hoje o Governo de querer controlar as ordens profissionais e de promover “uma ingerência exagerada e injustificada”, com o secretário de Estado João Paulo Correia a salientar que a reforma de estatutos “é inadiável”.

“Estamos aqui hoje porque este Governo socialista, que se diz defensor dos direitos, liberdades e garantias, da liberdade de expressão, de autorregulação e muitas outras coisas, não sabe lidar com a liberdade das ordens e dos seus profissionais”, afirmou o deputado Rui Paulo Sousa.

O CHEGA agendou para hoje um debate de atualidade na Assembleia da República com o tema “as ordens profissionais debaixo de ataque”. Na abertura, o vice-presidente da bancada considerou que o Governo “não sabe lidar com a crítica”, nem “com o facto de não controlar um conjunto significativo de profissionais que têm uma importância basilar na sociedade”.

“É isso mesmo que o Governo e o partido que o suporta está a promover, uma ingerência exagerada e injustificada, sem olhar a meios para conseguir os seus objetivos: controlar quem não controla”, criticou.

Rui Paulo Sousa afirmou que, com a proposta de revisão dos estatutos das ordens profissionais, o Governo está, “de uma forma encapotada,” a “tentar recuperar o controlo e acabar com as ordens profissionais”.

“Querem controlar o valor das quotas a ser cobrado, as especialidades criadas dentro de cada ordem, a sua própria organização, e até a sua disciplina”, alegou, sustentando que “todo este processo foi feito com total desprezo pelas ordens”.

O deputado do CHEGA considerou que o executivo socialista “quer dar mais poder ao Conselho de Supervisão, cuja maioria dos membros não pertence à respetiva ordem, do que aos conselhos gerais, que são os órgãos máximos dentro de cada uma”.

Rui Paulo Sousa afirmou também que, com esta proposta, acaba-se “com os atos próprios de uma série de ordens, deixando assim de haver obrigatoriedade de inscrição”.

Também na abertura do debate, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto salientou que a proposta de lei que altera os estatutos das ordens profissionais visa “dar corpo à lei-quadro resultante de um processo legislativo que contou com a audição e participação das ordens profissionais”.

“Não há lugar a qualquer surpresa nem novidade, pelo contrário”, defendeu João Paulo Correia, indicando também que esta lei foi submetida à fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional, que “deliberou pela constitucionalidade, afastando por completo ruidosas críticas e anátemas”.

O secretário de Estado afirmou que o objetivo desta proposta é limitar “os entraves de acesso às profissões, eliminando esperas e custos desnecessários e desadequados”.

“A reforma das ordens profissionais é uma reforma inadiável” e “uma reforma justa, uma reforma comprometida com os jovens e com o combate à precariedade”, defendeu.

O governante referiu igualmente que esta proposta “remove barreiras no reconhecimento das qualificações” e “introduz transparência e reforça o trabalho de interesse público e de garantia da qualidade dos serviços prestados”.

“Fá-lo, conforme previsto na lei-quadro, através da criação do cargo de provedor e do Conselho de Supervisão”, afirmou João Paulo Correia destacando a “independência e imparcialidade” destes órgãos.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a escolher o Algarve para assinalar a sua rentrée política, que será marcada por um jantar em Olhão que contará com um discurso do presidente do partido, André Ventura.
O partido CHEGA irá realizar uma manifestação contra a imigração descontrolada e a crescente insegurança que se vive nas ruas de Portugal.
O partido CHEGA apresentou, através de um comunicado divulgado na última segunda-feira, um Projecto de resolução nº /XVI-1.ª que recomenda ao Governo que proceda com urgência à actualização da tabela de honorários dos serviços jurídicos prestados pelos advogados no âmbito do apoio judiciário.
O líder do CHEGA/Açores admitiu hoje que, caso o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) recue na prioridade no acesso às creches para filhos de pais que trabalham, votará contra o orçamento da região para 2025.
O Ministério Público abriu um inquérito relacionado com ‘e-mails’ alegadamente falsos que a presidência da República terá recebido em nome da mãe das gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal tratadas no Hospital de Santa Maria.
O CHEGA vai requerer a audição urgente da ministra da Administração Interna sobre o alegado aumento da criminalidade em Portugal, anunciou o líder do partido, que disse pretender também ouvir os presidentes das câmaras de Lisboa e Porto.
O líder do CHEGA avisou hoje que qualquer medida do Governo que aumente o preço dos combustíveis em Portugal terá a "firme oposição" do partido no Orçamento do Estado, considerando que seria errada a nível político e económico.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o plano do Governo para a saúde falhou e que o setor atravessa um momento explosivo com notícias perturbadoras do funcionamento do sistema.

Numa carta enviada ao Presidente da Assembleia da República, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, fez saber que não vai prestar esclarecimentos à comissão parlamentar de inquérito sobre o caso das gémeas luso-brasileiras. Numa entrevista ao canal SIC Notícias, André Ventura afirmou que “o parlamento não consegue investigar” se o Presidente da República […]

A corrida às eleições presidenciais de 2026 em Portugal já começa a ganhar forma, com três nomes de peso a destacarem-se na preferência dos eleitores: António Guterres, Pedro Passos Coelho e André Ventura.