Adesão da Suécia à NATO culmina relação política e militar de décadas

A Suécia, que será em breve o mais recente membro da NATO, e que irá reforçar a frente leste da Aliança, há vários anos que mantinha um diálogo político regular com a organização, participando em manobras conjuntas de paz.

A Suécia ainda participa na cimeira da NATO que começou hoje em Vílnius como país observador, mas o seu processo de adesão à Aliança ficou resolvido esta semana com o compromisso dos governos da Hungria e da Turquia de que enviariam para os respetivos parlamentos a ratificação do protocolo.

A Suécia, que juntamente com a Finlândia formalizou em maio do ano passado o seu pedido de adesão à NATO, já se comprometeu a colaborar com os aliados no reforço da frente leste da Aliança, que se tornou prioritária após a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Embora, pelo seu estatuto de neutralidade, a Suécia não tenha participado ativamente em nenhuma guerra desde 1814 (guerra sueco-norueguesa), as suas Forças Armadas têm colaborado em diversas operações internacionais de manutenção de paz, nomeadamente com a NATO.

Eis algumas referências para compreender melhor a cooperação da Suécia com a NATO e o poder militar deste país nórdico:

– A cooperação da Suécia com a NATO começou em 1994, quando aquele país nórdico aderiu ao programa Parceria para a Paz e, três anos mais tarde, ao fórum multilateral do Conselho de Parceria do Euro-Altântico.

– Recentemente, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, destacou a Suécia como sendo um dos países não membros que tem mantido uma das relações mais ativas com a Aliança Atlântica.

– A Suécia participou ativamente na Missão de Apoio Resoluto da NATO no Afeganistão, bem como na Força Kosovo (KFOR) e na missão da Aliança na guerra do Iraque.

– A Suécia participou em diversas operações militares com países da União Europeia (UE), bem como em iniciativas de programas internacionais de Força Aérea, incluindo o programa Strategic Airlift Capability e o Strategic Airlift Internacional Solution.

– A Suécia tem participado em numerosas operações de treino militar em vários países europeus, através do seu Centro Internacional das Forças Armadas Suecas (SWENDINT).

– Em 1995, a Suécia enviou um batalhão para as forças de manutenção de paz da NATO na Bósnia Herzegovina, repetindo esse gesto, em 1999, no Kosovo.

– Em 2011, a Suécia contribuiu para a Operação de Proteção Unificada da NATO na Síria.

– Neste momento, a Suécia é um dos seis países que participam na iniciativa Parceria de Interoperacionalidade da NATO, participando em várias operações conjuntas de manutenção de paz.

– Num território com 10 milhões de habitantes, a Suécia dispõe de 38.000 militares, incluindo 16.000 soldados no ativo, bem como 10.000 na reserva e 12.000 na guarda civil.

– O Exército da Suécia conta com 121 tanques de guerra, 3.000 veículos blindados e 48 peças de artilharia.

– A Marinha da Suécia conta com sete corvetas, cinco submarinos e 161 navios de patrulha.

– A Força Aérea da Suécia conta com 71 aviões de caça, seis aviões de transporte, quatro brigadas de forças especiais e 53 helicópteros.

– O orçamento da Suécia para a Defesa é de cerca de 8,5 mil milhões de euros.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.