Trabalhadores da Parques de Sintra em protesto encerram monumentos

© D.R.

Cerca de 180 trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) estão concentrados desde as 10h30 junto ao Ministério do Ambiente, em Lisboa, para exigir aumentos salariais, encontrando-se encerrados os monumentos geridos pela empresa.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Salvado, coordenador da secção distrital de Lisboa do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), disse que os trabalhadores vão entregar uma carta no Ministério do Ambiente com as suas reivindicações, seguindo depois para o Ministério das Finanças.

“No Ministério das Finanças iremos entregar também uma carta com as nossas reivindicações. O que os trabalhadores pretendem é que os dois ministérios, que tutelam a empresa, cumpram o pré-acordo assumido em meados de maio com o Conselho de Administração da PSML no sentido da revisão do Acordo de Empresa existente”, adiantou.

Pedro Salvado disse também que o protesto para exigir aumentos salariais e valorização das carreiras é acompanhado de uma greve de 24 horas, que já levou ao encerramento “de todos os espaços” da responsabilidade da PSML.

Contactada pela Lusa, fonte da PSML disse à Lusa que os “monumentos e parques geridos pela empresa estão encerrados, com exceção da Escola Portuguesa de Arte Equestre no Picadeiro Henrique Calado em Belém, Lisboa”.

Segundo o SINTAP, os trabalhadores consideram “inaceitável que uma empresa cujos acionistas são a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (35%), o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (35%), o Turismo de Portugal (15%) e a Câmara Municipal de Sintra (15%) não aplique rapidamente todas as condições negociadas”.

As condições são semelhantes àquelas que decorrem dos acordos e medidas de melhoramento salarial e de valorização de carreiras aplicados à Administração Pública, segundo o SINTAP.

Os trabalhadores ficam “à mercê do incompreensível protelamento da medida por parte das duas entidades ministeriais que, ao invés de contribuírem para que as famílias consigam enfrentar melhor os difíceis tempos que vivemos, contribuem, isso sim, para o aumento das dificuldades que sentem no seu dia-a-dia”, de acordo com o SINTAP.

Numa nota enviada à Lusa, a empresa indicou que iniciou em 5 de abril um processo negocial para a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho com o SINTAP e o STAL, que visava “a atualização das tabelas salariais, uma clara melhoria das condições de trabalho e a valorização da antiguidade”.

“Foi alcançado um acordo com o SINTAP, que aprovou o documento em plenário de trabalhadores, tendo a proposta sido enviada em 17 de maio para o acionista Estado para aprovação”, acrescentou.

De acordo com a mesma fonte, esta negociação permitiu alcançar um acordo que “garante a sustentável valorização da sua massa salarial, o funcionamento operacional e o futuro da empresa”.

A Parques de Sintra – Monte da Lua conta com cerca de 300 trabalhadores e tem como acionistas a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa.

A empresa é responsável pela gestão do Parque e Palácio de Monserrate, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Chalet e Jardim da Condessa d’Edla, Farol do Cabo da Roca, Palácio Nacional e Jardins de Queluz, Vila Sassetti, Escola Portuguesa de Arte Equestre e Santuário da Peninha.

Últimas do País

O vento continua a condicionar hoje o movimento no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo e nenhum avião conseguiu aterrar ou descolar, segundo a ANA- Aeroportos de Portugal.
O presidente do Governo da Madeira disse que já tinha combinado na sexta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o envio de meios da Proteção Civil do continente para a região.
Familiares do preso político luso-venezuelano Williams Dávila, atualmente num hospital local, pediram ao Governo da Venezuela para não o enviar de novo para a cadeia, advertindo que estariam a condená-lo à morte.
A Madeira vai receber 80 elementos da Força Especial dos Bombeiros, que chegarão à região na próximas horas para ajudar no combate ao incêndio rural iniciado na quarta-feira e com várias frentes ativas, anunciou hoje o Governo Regional.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio que deflagrou na sexta-feira à tarde na zona industrial do Prior Velho e destruiu mais 200 viaturas, tendo as operações de rescaldo terminado pelas 02:00 desta madrugada.
A PSP recebeu, em menos de 10 anos, quase 3.000 denúncias relacionadas com abandono de animais de companhia e identificou mais de 1.200 suspeitos pelo mesmo crime, divulgou hoje, Dia Internacional do Animal Abandonado, esta polícia.
Cerca de 50 famílias estão hoje a receber apoio clínico, social e psicológico no Curral das Freiras, na Madeira, depois de esta noite terem sido retiradas das suas habitações devido ao incêndio que atinge a freguesia, indicou o Governo Regional.
Nove hospitais têm hoje 11 serviços de urgência encerrados, nas áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, segundo as Escalas de Urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Grande parte do interior Norte e Centro do país continuam hoje em risco máximo de incêndio, assim como os municípios algarvios de Monchique, Silves, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira, indicou o IPMA.
Quase 5.900 doentes foram internados em casa no primeiro semestre do ano, mais 19,5% comparativamente ao mesmo período do ano passado, permitindo reduzir a demora média de internamento e aliviar os hospitais em 54.135 dias de internamento.