Quase 15% da ilha do Faial apresenta má cobertura de comunicações

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Quase 15% do território da ilha do Faial, Açores, apresenta “má, muito má ou qualidade inexistente” de comunicações de dados e de voz, revela hoje um estudo de cobertura de rede móvel divulgado pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).

“Os três operadores de comunicações que existem na ilha [MEO, NOS e Vodafone] apresentam também baixa qualidade de sinal”, explicou João Cadete de Matos, presidente do Conselho de Administração da ANACOM, em declarações aos jornalistas, na cidade da Horta, após a apresentação das conclusões do estudo ao município da Horta.

De acordo com o mesmo estudo de cobertura da rede móvel no Faial, os serviços de voz são considerados “aceitáveis ou satisfatórios”, apresentando uma “média de 96,8% de chamadas finalizadas em todos os operadores”, ao passo que a cobertura radioelétrica variava entre 97,3% na MEO e 99,5% na Vodafone.

Já no que diz respeito aos serviços de dados, o estudo da ANACOM aponta para resultados “aceitáveis”, mas de “qualidade média”, ressalvando que “muitos testes não foram concluídos” por apresentarem “velocidades baixas ou aceitáveis” (75,4% na MEO, 90,2% na Vodafone e 94% na NOS).

“Há um défice na qualidade do acesso à internet no concelho da Horta”, referiu João Cadete de Matos, salientando que os operadores de comunicações “são obrigados” a oferecer uma maior velocidade de serviço de dados nas ilhas.

O estudo efetuado pela ANACOM identificou como “piores desempenhos”, em termos de voz e de dados, as zonas de acesso às Levadas, a estrada interior da ilha, a zona do Capelo e a zona do Jardim Botânico de Pedro Miguel, onde a MEO apresenta também “o pior desempenho”, entre os três operadores.

Em sentido contrário, as zonas residenciais de todas as localidades do concelho da Horta apresentam “os melhores desempenhos” na generalidade dos percursos efetuados, nos serviços de voz e de dados.

Os estudos de cobertura de rede móvel realizados pela ANACOM têm sido desenvolvidos em concelhos sinalizados como tendo zonas deficitárias, ou com maiores fragilidades em termos de qualidade de serviço.

“Os estudos têm em vista simular a experiência que qualquer consumidor tem ao usar a rede do seu operador, nomeadamente em termos de existência de sinal, realização de chamadas telefónicas e testes de velocidade de dados”, justifica a Autoridade Nacional de Comunicações no seu ‘site’.

Os testes são realizados recorrendo a ‘software’ instalado em telemóveis/’smartphones’, sendo os níveis de sinal/tecnologia recolhidos em ‘idle’, assim como durante operações de chamadas de voz e testes de dados, simulando o uso normal de um cidadão.

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