Brasil regista queda de 2,4% em mortes violentas em 2022

© D.R.

As mortes violentas intencionais no Brasil registaram queda de 2,4% em 2022, totalizando 47,5 mil casos face aos 48,4 mil registados no ano anterior, refere um relatório anual hoje divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A taxa de mortalidade no país sul-americano está em declínio desde 2018 e ficou em 23,4 por 100 mil habitantes no ano passado, conforme dados do mesmo relatório.

A queda no número de mortes foi maior na região nordeste do Brasil (-4,5%), na região norte (-2,7%) e no sudeste (-2%). Na região sul os homicídios violentos saltaram 3,4% e na região centro-oeste 0,8%.

Embora a região norte tenha registado queda, a taxa de de mortes violentas nas cidades da Amazónia foi 54% superior ao resto do país, dado que indica o crescimento de ações do crime organizado na área.

O levantamento indicou que o crime de homicídio doloso registou queda de (-1,7%), passando de 40.336 casos em 2021 para 39.629 em 2022. Já o roubo seguido de morte caiu (-15,3%), passando, respetivamente, de 1.452 para 1.229.

Por outro lado, houve crescimento de 18% nas lesões corporais seguidas de morte, que passaram de 517 casos em 2021 para 610 em 2022 e os assassinatos de polícias também cresceram 30%, passando de 133 para 173.

As mortes provocas em intervenções policiais totalizaram 6.430 casos, dado que indica que a polícia brasileira matou 17 pessoas por dia.

O perfil das vítimas de homicídios violentos no país indica que são em sua maioria negros (76,9%), sendo que 50,2% deles morrendo com idade entre 12 e 29 anos e 91,4% são do sexo masculino.

Segundo o levantamento, 76,5% dos assassínios no Brasil em 2022 foram cometidos com arma de fogo.

O Anuário Brasileiro de Segurança é realizado desde 2007 e produzido com dados e indicadores oficiais coletados junto às secretarias de segurança dos 27 estados brasileiro.

Na edição divulgada nesta quinta-feira, a taxa de mortes violentas caiu, mas cresceram todos os indicadores de violência doméstica e de violência contra a mulher.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.