Lei de programação militar entrou hoje em vigor

© D.R.

A lei de programação militar, que fixa o investimento público nas Forças Armadas, entrou hoje em vigor, ao mesmo tempo que foi publicada a lei de infraestruturas militares, que determina o aval do primeiro-ministro sobre os imóveis a rentabilizar.

Ambos os diplomas foram promulgados pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 09 de agosto, depois de terem sido aprovados pelo parlamento em 07 de julho.

A lei de programação militar, que estabelece o investimento público em armamento e equipamento das Forças Armadas, prevê um montante global de 5.570 milhões de euros até 2034, sendo que 5.292 milhões estão garantidos através de verbas do Orçamento do Estado.

Os restantes 278 milhões terão que ter origem em receitas próprias da Defesa Nacional, através de processos de restituição do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) ou da alienação de armamento, equipamento e munições ou ainda — sendo esta uma novidade na lei — através da rentabilização de imóveis, “quando estas receitas não estejam afetas à execução da lei de infraestruturas militares”.

Para o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, a lei de programação militar “é mais ambiciosa do que a anterior”. Foi aprovada no parlamento com o voto favorável da maioria PS, a abstenção do PSD, CHEGA, IL e PAN e os votos contra do PCP, BE e Livre.

A lei de infraestruturas militares, que entra em vigor no sábado, estabelece “a programação do investimento com vista à conservação, manutenção, segurança, sustentabilidade ambiental, modernização e edificação de infraestruturas” e “as disposições sobre a inventariação, gestão e valorização dos bens imóveis afetos à defesa nacional disponibilizados para rentabilização”.

A rentabilização dos imóveis afetos à defesa nacional poderá ser feita, nomeadamente, através de alienação, arrendamento, permuta e parcerias com promotores imobiliários, fundações, associações ou com entidades do setor público administrativo e empresarial.

Segundo o diploma, os imóveis a valorizar e a rentabilizar, “em respeito pelas orientações estratégicas relativas à gestão integrada do património imobiliário público, são objeto de despacho do primeiro-ministro, ouvidos os membros do Governo responsáveis pelas áreas da Defesa Nacional e da gestão do património imobiliário público”.

As receitas de rentabilização dos imóveis podem ser afetas à execução da lei de programação militar, mas “na parte em que excedam o montante anual de dotação de despesa previsto”.

O Exército é o ramo no qual a lei de infraestruturas militares prevê maior investimento até 2034, na ordem dos 101,7 milhões de euros, seguindo-se a Marinha com 72,6 milhões e a Força Aérea com 52 milhões.

Ao promulgar a lei, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que “o novo sistema de venda, arrendamento ou outras formas de rentabilização de imóveis afetos a infraestruturas militares venha, mesmo, permitir resolver a questão de dotações, essenciais para as Forças Armadas portuguesas”.

O diploma foi aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis do PS, PSD e IL, contra do PCP, BE e Livre e a abstenção do CHEGA e PAN.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a escolher o Algarve para assinalar a sua rentrée política, que será marcada por um jantar em Olhão que contará com um discurso do presidente do partido, André Ventura.
O partido CHEGA irá realizar uma manifestação contra a imigração descontrolada e a crescente insegurança que se vive nas ruas de Portugal.
O partido CHEGA apresentou, através de um comunicado divulgado na última segunda-feira, um Projecto de resolução nº /XVI-1.ª que recomenda ao Governo que proceda com urgência à actualização da tabela de honorários dos serviços jurídicos prestados pelos advogados no âmbito do apoio judiciário.
O líder do CHEGA/Açores admitiu hoje que, caso o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) recue na prioridade no acesso às creches para filhos de pais que trabalham, votará contra o orçamento da região para 2025.
O Ministério Público abriu um inquérito relacionado com ‘e-mails’ alegadamente falsos que a presidência da República terá recebido em nome da mãe das gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal tratadas no Hospital de Santa Maria.
O CHEGA vai requerer a audição urgente da ministra da Administração Interna sobre o alegado aumento da criminalidade em Portugal, anunciou o líder do partido, que disse pretender também ouvir os presidentes das câmaras de Lisboa e Porto.
O líder do CHEGA avisou hoje que qualquer medida do Governo que aumente o preço dos combustíveis em Portugal terá a "firme oposição" do partido no Orçamento do Estado, considerando que seria errada a nível político e económico.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o plano do Governo para a saúde falhou e que o setor atravessa um momento explosivo com notícias perturbadoras do funcionamento do sistema.

Numa carta enviada ao Presidente da Assembleia da República, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, fez saber que não vai prestar esclarecimentos à comissão parlamentar de inquérito sobre o caso das gémeas luso-brasileiras. Numa entrevista ao canal SIC Notícias, André Ventura afirmou que “o parlamento não consegue investigar” se o Presidente da República […]

A corrida às eleições presidenciais de 2026 em Portugal já começa a ganhar forma, com três nomes de peso a destacarem-se na preferência dos eleitores: António Guterres, Pedro Passos Coelho e André Ventura.