UNESCO aprova ampliação de zona de Património Mundial em Guimarães

O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) aprovou hoje a ampliação da zona classificada de Guimarães, confirmou à Lusa fonte do município.

© D.R

proposta já tinha recebido parecer positivo para reclassificação e viu hoje ser confirmada a ampliação da área classificada como Património Mundial.

A proposta da Câmara Municipal de Guimarães previa “duplicar a área classificada, inscrevendo a Zona de Couros na lista indicativa para obter o estatuto de Património da Humanidade”, como se podia ler num comunicado da autarquia de 2015.

“No caso de a candidatura ser bem-sucedida, a área de proteção passará a ser cinco vezes superior à atual, criando-se uma zona tampão desde o topo da montanha da Penha, onde nasce a ribeira de Couros, à Veiga de Creixomil, foz de cursos de água”, acrescentava o texto da altura.

A autarquia do distrito de Braga sublinhou, noutro documento, que “a área classificada agora proposta aponta um novo sentido à leitura do ‘Centro Histórico de Guimarães’, incorporando os espaços primitivos do trabalho na compreensão da génese e desenvolvimento”.

“Até à candidatura, estava consolidada a ideia de que a génese de Guimarães era bipolar: em torno da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e em torno do Castelo, à cota alta. Hoje sabemos que, à cota baixa, se desenvolviam as atividades de curtimenta (certamente, entre muitas outras) e, nesse sentido, é incompleta a noção do burgo medieval sem a compreensão destas inter-relações”, pode ler-se no texto.

A Câmara de Guimarães acrescentou: “O que hoje se vê em Couros resulta do desenvolvimento da indústria nos últimos 100-200 anos, sobrepondo-se, por exigências funcionais, produtivas, às preexistências. Documentalmente, já no século XII o rio é designado como ‘rio de Couros’. Mas parece cada vez mais certa a hipótese da génese desta atividade, neste local, ser muito mais remota, por exemplo, considerando as referências às trocas comerciais presentes no testamento de Mumadona Dias (ano de 959)”.

O Centro Histórico de Guimarães está classificado como Património Mundial desde 2001.

Últimas de Cultura

A Jovem Orquestra Portuguesa (JOP) vai assegurar o concerto de abertura no Young Euro Classic, em Berlim, o “maior festival de jovens orquestras do mundo”, por “mérito”, disse à Lusa o maestro Pedro Carneiro.
A quinta edição do festival CriaJazz leva às ruas e ao Castelo de Leiria três espetáculos, entre julho e agosto, em que o jazz se cruza com a música do mundo e o teatro num registo festivo, revelou a organização.
A Capela Real do Palácio Nacional de Queluz do século XVIII vai reabrir na quinta-feira, na sequência de obras de restauro para o regresso do Órgão Histórico de Tubos, após um século, anunciou hoje a Parques de Sintra.
Música para "todos os gostos em sete palcos ao longo de 11 dias é uma das promessas da comissão organizadora da 32.ª edição da Feira Agrícola Comercial e Industrial de Cantanhede (Expofacic)", afirmou hoje a presidente do município.
O festival Super Bock Super Rock está de volta à praia do Meco, na Herdade do Cabeço da Flauta, em Sesimbra, nos dias 18, 19 e 20 de julho.
Nos dias 19, 20 e 21 de julho, Vila Nova de Gaia será palco do festival MEO Marés Vivas, que ao longo dos últimos anos se firmou como um dos principais festivais de verão.
Arouca recebe de sexta-feira a domingo mais uma edição da recriação 'História de um mosteiro', que replicará costumes do tempo das monjas da Ordem de Cister com um mercado oitocentista e encenações sobre o escritor Alexandre Herculano (1810-1877).
A atriz norte-americana Shelley Duvall, protagonista do filme “The Shining” com Jack Nicholson, morreu aos 75 anos, na sua casa em Blanco Township, no Texas, noticiou o jornal The Hollywood Reporter.
A dupla francesa Air apresenta hoje ao vivo, na íntegra, o álbum “Moon Safari” no CoolJazz, em Cascais, marcando assim o início da edição deste ano do festival, cujo cartaz inclui Diana Krall, Chaka Khan e Jamie Cullum.
O Centro Interpretativo das Gares Marítimas de Lisboa abre ao público em fevereiro de 2025, tornando acessíveis a toda a população os 14 painéis de Almada Negreiros, restaurados, fazendo daquele um polo cultural que liga Alcântara a Belém.