Irão avisa EUA para controlar israelitas para evitar guerra regional

O Irão avisou hoje os Estados Unidos de que “devem controlar Israel” se quiserem evitar uma guerra regional na sequência da escalada do conflito israelo-palestiniano.

© D.R.

“A América quer permitir que Israel destrua Gaza, e isso é um erro grave”, disse o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir-Abdollahian, durante uma visita a Beirute, citado pela agência francesa AFP.

“Se os americanos querem impedir o desenvolvimento da guerra na região, devem controlar Israel”, advertiu, em declarações aos jornalistas na capital libanesa.

Israel declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita palestiniano ter feito uma incursão sem precedentes em território israelita no sábado.

O conflito provocou quase três mil mortos dos dois lados e cerca de meio milhão de deslocados na Faixa de Gaza em menos de uma semana.

“Se os crimes israelitas não forem travados, não sabemos o que vai acontecer”, avisou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão.

Amir-Abdollahian disse também que “a segurança e a paz no Líbano são importantes” para o Irão, numa altura em que existem receios de que o Hezbollah libanês, aliado de Teerão, possa abrir uma nova frente contra Israel.

Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel e reafirmaram o apoio ao país após o ataque de sábado.

O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.

O grupo extremista assumiu em 2007 o controlo da Faixa de Gaza, um território com 365 quilómetros quadrados onde vivem 2,3 milhões de pessoas.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.