Aeronave abatida ao largo da península do Sinai

Uma aeronave não identificada foi abatida ao largo da costa do Sinai egípcio, na fronteira com Israel, informou hoje um meio de comunicação egípcio próximo dos serviços secretos, bem como várias testemunhas.

©Facebook Israel Reports

 

“Um objeto voador por identificar foi abatido a dois quilómetros da costa de Dahab”, uma cidade costeira do Sinai, situada 150 quilómetros a sul da fronteira com Israel, informou o canal de televisão Al-Qahera News, admitindo poder tratar-se de um ‘drone’ (aparelho voador não tripulado).

“Ouvimos o estrondo de uma explosão vinda do mar e depois vimos um objeto estranho cair no mar”, disse uma das testemunhas à agência noticiosa France-Presse (AFP).

A península do deserto do Sinai é limitada a nordeste pela Faixa de Gaza e partilha a fronteira oriental com Israel.

O Egito, mediador histórico entre palestinianos e israelitas e detentor da única porta de acesso ao mundo a partir de Gaza que não está nas mãos dos israelitas, tem estado na linha da frente desde o sangrento ataque do Hamas ao território israelita, a 07 de outubro, e dos devastadores bombardeamentos de retaliação israelitas em Gaza.

Em meados deste mês, um ‘drone’ de “origem desconhecida” foi abatido pela força aérea egípcia ao largo da costa de Dahab, de acordo com uma fonte de segurança.

No final de outubro, seis pessoas ficaram feridas no Egito depois de dois ‘drones’ terem sido abatidos no Sinai.

O Egito afirmou na altura que os ‘drones’ tinham partido do “sul do Mar Vermelho”.

Nas últimas semanas, os rebeldes iemenitas Huthis intensificaram os ataques perto do estratégico estreito de Bab el-Mandeb, que separa a Península Arábica de África.

Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irão, avisaram que vão atacar os navios que navegam no Mar Vermelho (ao largo da costa do Iémen) com ligações a Israel, em solidariedade com Gaza.

Vários mísseis e ‘drones’ foram abatidos por navios de guerra norte-americanos, franceses e britânicos que patrulham a zona.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.