Guerras e Inteligência Artificial são temas da presidência italiana do G7

A guerra da Rússia contra a Ucrânia, a crise no Médio Oriente e a Inteligência Artificial (IA) serão os principais temas da presidência rotativa italiana do G7 em 2024, anunciou hoje o Governo de Itália.

© D.R.

 

Roma assume em 01 de janeiro a presidência do G7, o grupo dos países mais industrializados que integra também Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e em que a União Europeia (UE) está representada.

“Para nós, continua a ser prioritário ajudar a Ucrânia a defender a sua integridade territorial”, afirmou o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani.

O chefe da diplomacia de Itália disse numa entrevista citada pela agência italiana ANSA que “o Ocidente continua a mostrar grande solidariedade para com a Ucrânia”, país que foi invadido pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Referiu que a Itália “continua a fazer a sua parte, prestando toda a ajuda aos ucranianos”.

“O G7 que a Itália irá liderar a partir de 01 de janeiro terá a questão da Ucrânia como foco principal, para além do Médio Oriente e da Inteligência Artificial”, afirmou.

Tajani considerou ser necessário “alcançar objetivos que garantam verdadeiramente uma base estável” para negociações nos dois conflitos.

“A ocupação da Ucrânia não é boa, por isso temos de chegar a uma situação que leve os russos a retirarem-se e a sentarem-se à mesa das negociações”, declarou.

Tajani disse também que tem havido demasiadas mortes de civis palestinianos na guerra entre Israel e o Hamas.

Insistiu que a resposta israelita ao ataque do grupo islamita palestiniano realizado em 07 de outubro, que desencadeou o atual conflito, deve ser proporcional.

“Atacar o Hamas, expulsar os militantes do Hamas de Gaza e alcançar a paz, talvez com o interregno de uma presença da ONU no terreno”, disse Tajani.

“Queremos a paz, tanto na Ucrânia como no Médio Oriente”, afirmou o também líder do partido de centro-direita Forza Italia, fundado pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que morreu em junho, aos 86 anos.

O G7 já foi G8, mas a Rússia, que participou pela primeira vez numa cimeira em 1998, foi expulsa em 2014, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.