Trump acusa democratas de tentarem ganhar eleições em tribunais

O ex-Presidente dos EUA Donald Trump acusou hoje, depois de participar numa audiência num tribunal de Washington, os democratas de tentarem ganhar as próximas eleições presidenciais através da via judicial.

©facebook.com/DonaldTrump

 

“Acho que eles sentem que é assim que vão conseguir vencer”, alegou Trump num comunicado, após deixar o tribunal.

“O que aconteceu com toda esta situação é algo muito triste. Quando falam de uma ameaça à democracia, esta é uma ameaça real à democracia”, acrescentou o ex-Presidente, devolvendo a crítica dos democratas, que dizem que Trump está a ameaçar o regime.

Na audiência, realizada no tribunal federal de recurso de Washington, os advogados de Trump defenderam que o líder republicano tem imunidade presidencial pelos acontecimentos do assalto ao Capitólio em 2021.

Trump compareceu à audiência, convocada menos de uma semana antes das eleições primárias do estado de Iowa, que abrem o calendário eleitoral nos Estados Unidos, apesar de a sua presença não ser necessária e de ele não poder falar.

Na sua declaração à comunicação social após a audiência, o ex-Presidente repetiu um dos argumentos dos seus advogados, segundo o qual rejeitar o seu pedido de imunidade e permitir o processo criminal poderá criar diversos problemas políticos.

Os argumentos de Trump foram recebidos com ceticismo pelo painel de três juízes que devem tomar a decisão e que escutaram a defesa do ex-Presidente dizer que mesmo um assassínio por ordem de um líder na Casa Branca deve cair sob a alçada da imunidade presidencial.

O caso da imunidade está agora no tribunal de recurso porque, em dezembro, a juíza responsável pelo processo criminal, Tanya Chutkan, rejeitou o pedido de Trump para encerrar o caso.

Logo que o tribunal de recurso tomar uma decisão, o caso deve seguir para o Supremo Tribunal Federal dos EUA.

O ex-Presidente procura assim evitar o julgamento pelo qual é acusado de vários crimes – o mais grave é conspiração para obstruir um procedimento oficial – que podem levar a um máximo de 55 anos de prisão.

O início do julgamento está previsto para 04 de março de 2024, em Washington, coincidindo com o calendário das eleições primárias para as presidenciais de novembro.

O litígio sobre a imunidade do ex-Presidente, no entanto, pode, por sua vez, tornar-se uma estratégia dilatória da equipa jurídica de Trump, para adiar essa data.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.