MNE francês defende Europa com “segundo seguro de vida” além da NATO

O chefe da diplomacia francês defendeu hoje uma Europa da Defesa, um “segundo seguro de vida” além da NATO, em resposta às polémicas afirmações do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre Estados-membros que não pagam a sua parte

©Facebook de Stéphane Séjourné

 

“Precisamos de um segundo seguro de vida, não como substituto da NATO, não contra a NATO, mas em complemento da NATO”, afirmou Stéphane Séjourné numa conferência de imprensa conjunta com os homólogos alemão e polaco.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês insistiu na necessidade de agir em relação ao pilar europeu da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) e de construir uma indústria da Defesa.

“Para comprarmos europeu no âmbito das nossas indústrias da Defesa e para nos prepararmos em caso de conflito”, sublinhou.

“É o sentido da história”, observou, acrescentando que não se trata de ingerência nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas que é necessário a Europa preparar-se para a possibilidade de o ex-presidente e atual pré-candidato presidencial republicano Donald Trump regressar à Casa Branca, exortando a que “se passe de uma guerra de posições a uma guerra de soluções”.

Questionado sobre as críticas de Donald Trump, segundo quem nem todos os países contribuem com a sua quota-parte para a NATO, Stéphane Séjourné recordou que França duplicou o seu orçamento para a Defesa.

“O movimento já se iniciou e o meu país não faltará ao compromisso”, declarou.

“A Aliança Atlântica não é um contrato com uma empresa de segurança”, afirmou, por sua vez, o chefe da diplomacia polaca, Radoslaw Sikorski.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.