Putin diz que responsáveis por ataque “bárbaro” foram detidos a caminho da Ucrânia

O Presidente russo, Vladimir Putin, condenou hoje o ataque terrorista "bárbaro" de sexta-feira em Moscovo, cujos responsáveis disse terem sido detidos quando fugiam para a Ucrânia.

© Facebook / Putin blog

 

“Dirigiam-se para a Ucrânia onde, segundo dados preliminares (dos investigadores), foi preparada uma ‘janela’ para que atravessassem a fronteira”, acusou.

Sem especular sobre a autoria do ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico, Vladimir Putin disse ainda, num discurso televisivo, que “todos os autores, organizadores e aqueles que cometeram este crime receberão uma punição bem merecida e inevitável, sejam quem forem e independentemente de quem os tenha enviado”.

“Um destino desastroso aguarda os terroristas, assassinos e feras, que não têm e não podem ter nacionalidade: vingança e esquecimento. Eles não têm futuro”, assegurou.

O Presidente russo afirmou também que espera cooperar com todos os países que estejam dispostos a “unir forças na luta contra o inimigo comum, o terrorismo internacional em todas as suas manifestações”.

O responsável decretou dia de luto nacional no domingo pelo “massacre sangrento”.

Pelo menos 115 pessoas morreram no ataque de sexta-feira a uma sala de concertos nos arredores do Moscovo, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), anunciou hoje a Comissão de Investigação.

O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.