Sánchez diz que Costa tem todas as qualidades para presidir Conselho Europeu

O presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje que o anterior primeiro-ministro português, António Costa, "reúne todas as qualidades" para ser presidente do Conselho Europeu, mas alertou que este é um debate muito prematuro.

© Facebook de Pedro Sánchez Pérez-Castejón

 

Dizendo-se “um declarado aficionado da política de António Costa e da liderança que exerceu tanto em Portugal como na Europa”, Sánchez realçou que o debate e a negociação para a escolha do próximo presidente do Conselho Europeu estão ainda “numa fase muito prematura”.

Ainda assim, acrescentou que relativamente à família política europeia a que pertencem os socialistas e àquilo que poderá ser o seu contributo dentro do Conselho Europeu nesse debate, António Costa, na sua opinião, “reúne todas as qualidades” para ocupar o cargo.

“Mas isso, evidentemente, tem de ser um processo de negociação que ainda não começou e, portanto, é muito prematuro poder pronunciar-me de maneira muito mais clara. Mas, enfim, António Costa é um grande político”, afirmou.

Sánchez foi questionado sobre a possibilidade de António Costa vir a presidir ao Conselho Europeu, organismo onde têm assento os chefes de Estado ou de Governo dos países da União Europeia, numa conferência de imprensa em Madrid ao lado do novo primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

Segundo Sánchez, os líderes dos governos de Portugal e Espanha não falaram hoje sobre a possibilidade de António Costa presidir ao Conselho Europeu e de Espanha vir a apoiar o nome do ex-primeiro-ministro para o cargo.

“Mas consta-me que o primeiro-ministro [Luís Montenegro] mantém uma muito boa relação com o ex-primeiro-ministro Costa. O primeiro-ministro Luís [Montenegro] sabe que sou um declarado aficionado da política de António Costa e da liderança que exerceu tanto me Portugal como na Europa”, afirmou Pedro Sánchez.

Luís Montenegro, por seu turno, não comentou a possibilidade de uma candidatura de António Costa ao Conselho Europeu e limitou-se a dizer que não é “tão aficionado das políticas” do ex-primeiro-ministro português como Pedro Sánchez.

“Mas não é isso que nos impede de termos propósitos comuns e objetivos também comuns que vamos tentar alcançar conjuntamente”, afirmou.

As eleições para o Parlamento Europeu decorrem em junho, seguindo-se a escolha dos presidentes da Comissão e do Conselho para a nova legislatura europeia.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.