Japão atento a iene que registou mínimos de 34 anos face ao dólar

O Japão está a acompanhar "de perto" os movimentos do iene, disse hoje o ministro das Finanças, horas depois de a moeda ter ultrapassado a marca das 154 unidades por dólar pela primeira vez desde 1990.

© D.R.

“Estamos a acompanhar de perto os movimentos atuais do iene e tomaremos as medidas necessárias”, disse Shunichi Suzuki, em conferência de imprensa, no final de uma reunião do Conselho de Ministros, alimentando os rumores de uma potencial intervenção, que têm vindo a surgir desde que a moeda ultrapassou a barreira psicológica de 153 por dólar.

O Governo japonês interveio em outubro de 2022, quando a moeda nipónica se aproximou das 152 unidades em relação ao dólar, mas Suzuki escusou-se a fazer uma avaliação mais pormenorizada da recente queda do iene.

Na segunda-feira, o dólar subiu acentuadamente contra várias moedas importantes, incluindo o iene, na sequência da divulgação dos dados das vendas a retalho dos EUA, com um aumento além do esperado em março.

O dólar atingiu os 154,45 ienes durante as transações de Nova Iorque na segunda-feira e manteve-se nos 154 pontos, no início da sessão da bolsa de Tóquio, esta manhã.

Questionado sobre se tenciona discutir a situação atual da moeda na reunião dos ministros das Finanças do G7 e do G20, em Washington, na quarta-feira, Suzuki disse: “Embora não esteja na ordem de trabalhos, irei certamente abordar o assunto”.

O iene tem vindo a desvalorizar-se acentuadamente face ao dólar, entre outras moedas, em grande parte devido ao diferencial de taxas de juro entre os dois países. A tendência acelerou nas últimas semanas porque não se espera que o banco central dos EUA comece a reduzir as taxas tão cedo.

O principal índice da bolsa de Tóquio, o Nikkei, caiu 1,97% na primeira hora e meia de negociação.

Um iene fraco dentro de margens controláveis tende a impulsionar o mercado de ações, uma vez que inflaciona as remessas estrangeiras dos exportadores japoneses, mas também aumenta os custos das importações de energia e matérias-primas, das quais o país é altamente dependente.

Últimas de Economia

O Banco de Portugal (BdP) está “a acompanhar” o tema das comissões no MB Way e “a avaliar os respetivos impactos”, após a Deco ter alertado para o risco de aumento dos custos associados a este serviço.
Os novos créditos ao consumo somaram 638,5 milhões de euros em junho, mais 0,3% em termos homólogos, mas 11,6% abaixo do mês anterior, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A greve na easyJet registou na quinta-feira uma adesão de cerca de 70%, a mesma taxa que é esperada para o dia de hoje, revelou a companhia, adiantando que até ao momento as operações decorrem com normalidade.
O número de falências declaradas na União Europeia (UE) subiu 3,1% no segundo trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano passado, principalmente na construção, atividades financeiras, comércio e indústria, foi hoje anunciado.
Mais de metade (52,8%) dos desempregados no primeiro trimestre deste ano continuava sem emprego no segundo trimestre, tendo 28,5% encontrado trabalho, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A incubadora de empresas do Instituto Politécnico da Guarda acolhe em setembro a terceira ‘startup’ de capital americano para desenvolver uma plataforma que estabeleça correspondência entre estudantes e propostas de emprego em todo o mundo.
Os proveitos totais do setor do alojamento turístico nacional subiram 12,3% no primeiro semestre, para 2.778 milhões de euros, devido principalmente às dormidas de não residentes, que cresceram 5,8%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Índice de Custo do Trabalho (ICT) aumentou 7,2% no segundo trimestre em relação ao período homólogo de 2023, acelerando ligeiramente o ritmo de subida face ao primeiro trimestre (6,6%), anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O número de passageiros nos aeroportos nacionais aumentou 5,2% no primeiro semestre, para 32,9 milhões, tendo sido registados máximos históricos nos valores mensais na primeira metade do ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados.
A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 2,5% em julho, menos 0,3 pontos percentuais do que em junho, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).