Hamas e Fatah mantiveram conversações em Pequim

A China anunciou hoje que os movimentos Hamas e Fatah, dois grupos palestinianos que estão em desacordo há muitos anos, mantiveram negociações em Pequim para alcançar a “reconciliação” na Palestina.

©Facebook Israel Reports

“Convidados pela China, representantes do Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah) e do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) visitaram recentemente Pequim para discussões profundas e francas sobre a promoção da reconciliação” na Palestina, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jean.

“Os dois lados expressaram plenamente a sua vontade política de alcançar a reconciliação através do diálogo, discutiram muitas questões específicas e fizeram progressos”, sublinhou o porta-voz em conferência de imprensa regular.

A China apoia a causa palestiniana há décadas. Pequim tradicionalmente faz campanha por uma solução baseada no princípio de dois Estados (Israel e Palestina), mas o processo de paz israelo-palestiniano está paralisado desde 2014.

Definida pelos Estados Unidos como uma rival, a China reforçou nos últimos anos as suas relações comerciais e diplomáticas com o Médio Oriente, que tradicionalmente está sob influência norte-americana.

No ano passado, Pequim supervisionou e facilitou a aproximação diplomática entre duas grandes potências regionais, o Irão e a Arábia Saudita.

O Hamas, rival da Fatah – formação política a qual pertence o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, que governa a partir de Ramallah, na Cisjordânia – tomou o poder em 2007 e governa efetivamente na Faixa de Gaza, onde há mais de seis meses o exército israelita realiza uma ofensiva militar.

Israel iniciou a sua ofensiva sobre Gaza após o Hamas ter invadido o território israelita em 07 de outubro, provocando mais de 1.200 mortos e mais de 240 raptadas.

Desde o início da guerra em Gaza, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, morreram mais de 34 mil pessoas no enclave palestiniano.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.