Fenprof recusa assinar acordo com o Governo sobre recuperação do tempo de serviço

A Fenprof recusou assinar um acordo sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores e acusou o ministro da educação de “uma facada na confiança”, anunciou esta noite o secretário-geral do sindicato, Mário Nogueira.

© Facebook FENPROF

À saída da reunião com o Ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), Fernando Alexandre, Mário Nogueira explicou que a Fenprof não aceitou o documento porque o MECI manteve a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias apenas para efeitos de progressão na carreira e que este é um acordo “que exclui professores”.

Se firmado, o dirigente sindical estimou que cerca de 25.400 professores que estão no fim de carreira ficariam de fora do acordo.

“Seria hipócrita fazer um acordo hoje e depois irmos pedir negociação suplementar, ou irmos à Assembleia da República pedir a retificação para considerar os colegas que são excluídos”, frisou.

O secretário-geral da Fenprof admitiu ainda repudiar as declarações feitas pelo MECI esta tarde, que acusava a estrutura sindical de “nunca ser parte da solução” e duvidar, por vezes, que “a educação e os professores sejam a sua preocupação”.

“Significa uma facada na confiança que podíamos ter no ministro da Educação. Para que seja recuperada, o ministro tem de dar provas de que é merecedor disso”, notou.

Mário Nogueira deu conta de que disse ao ministro da Educação que a Fenprof “não admite” este tipo de comentários, relembrando que a organização “representa 70% dos professores em Portugal”.

“Isto é completamente execrável”, referiu.

O secretário-geral da Fenprof sublinhou ainda que o ministro “admitiu não rever o regime de mobilidade por doença” e realçou que esta decisão “é gravissima”.

“É completamente inaceitável e contraria a promulgação feita pelo Presidente da República”, notou.

Na reunião desta tarde entre sindicatos e Governo, a tutela manteve a proposta feita há uma semana, que previa a recuperação de 50% do tempo de serviço dos professores em dois anos, 20% em 2026 e 15% em 2027 e 2028.

Do total de organizações sindicais que estiveram reunidas com o MECI, cinco recusaram a proposta: Fenprof, Stop, Pró-Ordem, SEPLEU e ASPL.

Últimas do País

O vento continua a condicionar hoje o movimento no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo e nenhum avião conseguiu aterrar ou descolar, segundo a ANA- Aeroportos de Portugal.
O presidente do Governo da Madeira disse que já tinha combinado na sexta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o envio de meios da Proteção Civil do continente para a região.
Familiares do preso político luso-venezuelano Williams Dávila, atualmente num hospital local, pediram ao Governo da Venezuela para não o enviar de novo para a cadeia, advertindo que estariam a condená-lo à morte.
A Madeira vai receber 80 elementos da Força Especial dos Bombeiros, que chegarão à região na próximas horas para ajudar no combate ao incêndio rural iniciado na quarta-feira e com várias frentes ativas, anunciou hoje o Governo Regional.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio que deflagrou na sexta-feira à tarde na zona industrial do Prior Velho e destruiu mais 200 viaturas, tendo as operações de rescaldo terminado pelas 02:00 desta madrugada.
A PSP recebeu, em menos de 10 anos, quase 3.000 denúncias relacionadas com abandono de animais de companhia e identificou mais de 1.200 suspeitos pelo mesmo crime, divulgou hoje, Dia Internacional do Animal Abandonado, esta polícia.
Cerca de 50 famílias estão hoje a receber apoio clínico, social e psicológico no Curral das Freiras, na Madeira, depois de esta noite terem sido retiradas das suas habitações devido ao incêndio que atinge a freguesia, indicou o Governo Regional.
Nove hospitais têm hoje 11 serviços de urgência encerrados, nas áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, segundo as Escalas de Urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Grande parte do interior Norte e Centro do país continuam hoje em risco máximo de incêndio, assim como os municípios algarvios de Monchique, Silves, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira, indicou o IPMA.
Quase 5.900 doentes foram internados em casa no primeiro semestre do ano, mais 19,5% comparativamente ao mesmo período do ano passado, permitindo reduzir a demora média de internamento e aliviar os hospitais em 54.135 dias de internamento.