CHEGA assume vice-presidência do grupo europeu Patriotas pela Europa

O eurodeputado do CHEGA António Tânger-Corrêa vai assumir uma das vice-presidências do grupo europeu Patriotas pela Europa, família política que será presidida pelo líder da União Nacional, o francês Jordan Bardella.

© Folha Nacional

“O CHEGA conseguiu negociar uma vice-presidência desse grupo, significa que estaremos também no Parlamento Europeu representados ao mais alto nível”, afirmou o líder do partido em declarações aos jornalistas antes de uma visita a uma associação de defesa dos animais em Barcarena (concelho de Oeiras e distrito de Lisboa).

Nesta ocasião, André Ventura não quis adiantar qual dos eurodeputados eleitos iria assumir o cargo mas mais tarde, em comunicado enviado à Lusa, o CHEGA indicou que António Tânger-Corrêa “foi eleito um dos vice-presidentes daquele que passa a ser o terceiro maior grupo do Parlamento Europeu, com 84 membros de 12 países”.

O líder do partido disse que a decisão não foi unânime e agradeceu o voto dos “aliados mais próximos” do CHEGA.

Ventura considerou que “é um reconhecimento também por parte destes partidos europeus de que o CHEGA é hoje um pilar fundamental da direita europeia”, e afirmou que “é uma notícia muito positiva para Portugal e acho que é uma notícia positiva para a direita europeia”.

O líder do CHEGA indicou que o partido espanhol Vox “terá também uma das vice-presidências deste grupo”.

“Significa que estamos na Península Ibérica a consolidar uma direita que quer ser poder, quer ser alternativa e estamos já a trabalhar para isso”, defendeu.

O líder do partido francês União Nacional, Jordan Bardella, que era apontado como o possível próximo primeiro-ministro de França, vai ser o presidente dos Patriotas pela Europa, o novo grupo de direita radical no Parlamento Europeu.

O anúncio foi feito depois de uma reunião com os eurodeputados que constituirão este novo grupo político, que se realizou no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O Patriotas pela Europa é uma família política que nasceu depois das eleições europeias de junho e surgiu por iniciativa do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, depois de o seu partido ter saído do Partido Popular Europeu (PPE).

Na ocasião, André Ventura comentou também as eleições legislativas em França que se disputaram no domingo, e considerou que a União Nacional (RN, sigla em francês), de Marine de Pen, “foi o partido com mais votos ontem à noite, em termos absolutos”, indicando que “o sistema eleitoral francês permite que se desenvolvam coligações antinaturais em cada círculo”.

“O Rassemblement Nacional é hoje o partido com mais votos em França, e isso é uma mudança grande, porque estamos a falar de um país central da União Europeia. Vai ser sozinho o maior grupo parlamentar de partido, sem coligações, e isso nunca é uma derrota. Agora, a expectativa que existia era de uma vitória nas eleições legislativas que permitisse ter um governo, isso não aconteceu, e eu também estou convencido, como disse ontem à noite Marie Le Pen, que esta vitória foi só adiada do ponto de vista político”, afirmou o líder do CHEGA.

De acordo com os resultados oficiais divulgados na manhã de hoje, a coligação de esquerda obteve 182 cadeiras na Assembleia Nacional, ficando à frente da aliança centrista do Presidente Macron, com 168.

O União Nacional, partido de direita radical, e os seus aliados ficaram restritos ao terceiro lugar, embora os seus 143 lugares ainda estejam muito acima do seu melhor resultado anterior, de 89 cadeiras em 2022.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.