Kim Jong-un visita fábrica de plataformas para lançar mísseis de longo alcance

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou uma fábrica que produz plataformas móveis para o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance (ICBM), informou hoje a agência de notícias estatal da Coreia do Norte.

© D.R.

As imagens da visita, ao que se crê ser uma fábrica em Pyongsong, nos arredores de Pyongyang, mostram uma dúzia de lançadores móveis TEL, destinados aos mísseis de longo alcance Hwasong-17 e Hwasong-18, indicou a KCNA.

Observadores tinham já considerado que Pyongyang tem capacidade, com este mísseis, para atingir todo o globo, exceto a zona meridional da América do Sul.

Kim visitou a fábrica na companhia do diretor do Departamento Industrial de Munições, Jo Chun-ryong, da irmã Kim Yo-jong e da filha Kim Ju-ae, que se acredita ter 11 anos, entre outros.

A KCNA referiu que Kim foi informado sobre detalhes da produção dos TEL e sublinhou a necessidade de fabricar mais mísseis de curto e longo alcance. Apresentou, além disso, planos a longo e curto prazo para aumentar a produção naquela fábrica.

Sem especificar uma data, a agência garantiu que a visita “está em conformidade com as propostas da sessão plenária de dezembro de 2023 do Comité Central do Partido”.

No final dessa sessão, a 30 de dezembro, Kim assegurou que a reconciliação e a reunificação das duas Coreias já não são possíveis e garantiu que Pyongyang vai continuar a avançar com o programa de modernização de armamento.

A visita de Kim está a ser noticiada no mesmo dia em que a Coreia do Sul ordenou a evacuação de duas ilhas, depois de o Norte ter disparado centenas de projéteis de artilharia para águas a norte da fronteira marítima.

O Ministério da Defesa sul-coreano descreveu as manobras do Norte como “um ato de provocação que ameaça a paz na península” e instou Pyongyang a “cessar imediatamente estas ações”, de acordo com um comunicado.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.