Borrell transmite apoio da UE a Arévalo antes da posse como presidente da Guatemala

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, reuniu-se com o presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, na véspera da sua posse para lhe transmitir o apoio europeu, anunciou hoje o dirigente espanhol.

© Facebook de Josep Borrell

 

“A minha visita reflete o firme compromisso da União Europeia com o povo da Guatemala e com uma democracia ameaçada que estamos aqui para defender e apoiar”, escreveu Borrell numa mensagem publicada através da rede social X.

O chefe da diplomacia comunitária, que está em viagem oficial ao país centro-americano, anexou uma foto em que aparece cumprimentando Arévalo, que toma hoje posse como presidente.

A cerimónia contará com a presença de nove chefes de Estado, incluindo o Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, o do Chile, Gabriel Boric, e o Rei de Espanha, Felipe VI.

Arévalo venceu inesperadamente as eleições de 2023 e será presidente após frustradas as tentativas do Ministério Público da Guatemala de anular o resultado do sufrágio, em que derrotou a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova.

O Ministério Público argumentou que as eleições não deveriam ser válidas, alegando que as atas eleitorais utilizadas não eram as originalmente aprovadas pelo Tribunal Supremo Eleitoral, o que na sua opinião, constituía uma irregularidade.

Contudo, a 14 de dezembro passado, o Tribunal Constitucional da Guatemala, o mais alto tribunal do país, apoiou Arévalo e ordenou que a sua tomada de posse acontecesse durante este mês de janeiro.

Após as eleições, o presidente eleito alertou que o Ministério Público da Guatemala tentaria levar a cabo um “golpe de Estado” contra si.

A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) também falou de uma “tentativa de golpe de Estado” por parte do Ministério Público, pelos seus esforços para anular os resultados das eleições.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.