Zelensky diz que vitória depende da ajuda militar do Ocidente

O Presidente da Ucrânia afirmou hoje que a vitória do país depende da ajuda militar do Ocidente, avançando ter “a certeza” de que o Congresso dos Estados Unidos acabará por aprovar o pacote de apoio há muito aguardado.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

 

“A questão de saber se a Ucrânia vai perder, se a situação vai ser muito difícil e se vai haver um grande número de baixas depende de vós, dos nossos parceiros, do mundo ocidental”, disse Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa realizada em Kiev, por ocasião do segundo aniversário do conflito.

“Se formos fortes, com armas, não perderemos esta guerra”, precisou.

O chefe de Estado mostrou-se otimista quanto à possibilidade de o Congresso dos Estados Unidos da América aprovar um pacote de ajuda de 60 mil milhões de dólares, atualmente bloqueado pelos membros republicanos da Câmara dos Representantes.

“Estou certo de que a votação será positiva”, afirmou.

Zelensky afirmou ainda que 31.000 soldados ucranianos foram mortos na guerra com a Rússia, dando pela primeira vez conta das perdas militares da Ucrânia.

“Trinta e um mil soldados ucranianos morreram nesta guerra. Não são 300 mil, nem 150 mil, como dizem Putin e o seu círculo de mentirosos. Mas cada uma destas perdas é uma grande perda para nós”, afirmou.

Kiev e Moscovo recusam-se normalmente a comunicar as respetivas perdas militares.

A ofensiva militar russa no território ucraniano foi lançada em 24 de fevereiro de 2022 para alegadamente defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.

A guerra mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

O conflito – que entra agora no terceiro ano – provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.