Primárias decidem hoje um terço dos delegados a convenções

As eleições primárias dos EUA de hoje irão atribuir aos pré-candidatos republicanos e democratas mais de um terço dos delegados que irão às convenções dos dois partidos para escolher os candidatos presidenciais de novembro.

©Facebook.com/DonaldTrump

Estas eleições – em 15 estados e um território – poderão ser decisivas para os dois partidos, especialmente para o Partido Republicano, que escolhe nesta “Super Terça-Feira” (como é designado este dia grande eleitoral) 874 delegados (36%) dos 2.429 que na Convenção de julho vão escolher o candidato para as eleições presidenciais de novembro.

Neste dia votarão os eleitores de 15 estados – Alabama, Alaska, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Vermont, Virgínia – e ainda o território de Samoa Americana.

No Partido Democrata, o atual presidente, Joe Biden, não tem concorrência significativa para esta Super Terça-Feira, esperando-se que volte a vencer com facilidade Dean Phillips e Marianne Williamson, depois de quatro eleições primárias onde já arrecadou 449 delegados, contra nenhum dos outros dois.

No Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump chega à Super Terça-Feira com uma vantagem de 122 delegados (77,2%) contra 24 delegados (15,2%) de Nikki Haley, a ex-embaixadora que persiste em manter-se em campanha, apesar de uma desvantagem que se deve tornar inultrapassável na próxima semana.

Nas mais recentes primárias republicanas, Trump venceu Haley na Carolina do Sul (onde ela tinha sido governadora) com 60% dos votos e no Michigan, com 70% dos votos, mas Haley continua a garantir cerca de um terço dos delegados escolhidos até agora e tem conseguido angariar fundos suficientes para se manter nos boletins de voto.

Haley obteve, no domingo, a primeira vitória nas eleições primárias contra Donald Trump (2017-2021) na capital dos Estados Unidos, Washington DC, com perto de dois terços dos votos.

Esta é uma vitória meramente simbólica, já que Washington DC só tem 16 delegados dos 2.429 que o país tem, mas que chega antes da “Super Terça-Feira”, que pode decidir a escolha dos candidatos presidenciais, sendo cada vez mais provável uma repetição do duelo entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.

Entre os democratas, a preocupação é que os eleitores repitam o comportamento das eleições no Michigan, onde 13% escolheram a opção “não comprometido”, revelando que não apreciam nenhum dos três candidatos, o que pode antecipar dificuldades para as eleições gerais de novembro, onde deverá repetir o duelo contra Trump.

Últimas de Política Internacional

Milhares de venezuelanos saíram às ruas em várias cidades do continente americano para pressionar o Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, a divulguar as atas eleitorais de 28 de julho.
A Croácia vai reintroduzir o serviço militar obrigatório de dois meses a partir de 01 de janeiro de 2025, anunciou hoje o ministro da Defesa croata, Ivan Anusic.
O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.
A Itália, na qualidade de presidência em exercício do G7, vai apresentar em setembro à ONU um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestiniano”, revelou o chefe da diplomacia italiana.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou hoje que vai abandonar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), no poder, o que significará o fim do mandato.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos manifestou-se hoje preocupado com as detenções arbitrárias na Venezuela em protestos contra os resultados das eleições presidenciais e com “o clima de medo” vivido no país.
O porta-voz do candidato republicano à presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na X (antigo Twitter).
O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".
O secretário da Defesa dos EUA ordenou o acelerar do destacamento de um porta-aviões para o Médio Oriente, onde aumentam os receios de um alastramento regional da guerra entre Israel e o Hamas.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou hoje a condenação “enérgica” da China ao recente assassínio, no Irão, do líder político do Hamas, que descreveu como uma “grave violação da soberania iraniana”.