Exército reclama ação contra altos cargos palestinianos no norte de Gaza

O Exército israelita confirmou hoje a morte de Ridwan Mohamed Abdallah, responsável pelas operações de segurança interna em Jabalya, no norte de Gaza, durante um ataque aéreo.

© Facebook Israel Reports

 

Israel atribui a Ridwan a responsabilidade pela ordem para que os membros do Hamas “tomassem o controlo dos camiões de ajuda humanitária” na zona norte do enclave.

O ataque aéreo foi efetuado na quinta-feira, contra a casa de Ridwan.

“A eliminação [de Ridwan Mohamed Abdallah] reduz a capacidade do Hamas de atacar e controlar a ajuda humanitária na zona de Jabalya”, declarou o Exército em comunicado.

De acordo com fontes palestinianas, Ridwan era diretor do centro de polícia de Jabalya al-Nazlh e chefe do comité de segurança da ajuda no norte da Faixa, criado para manter as operações comunitárias e a ordem social na zona.

O Exército israelita reclama também a “eliminação” de Hamed Muhamad Ali Ahmed, comandante militar do Hamas “responsável pelas operações de segurança interna” em Jabalya.

No último mês, as forças israelitas têm atacado altos funcionários do governo e agentes da polícia do Hamas na Faixa de Gaza, alegando que estão enquadrados na “ala militar” do grupo.

Desde 20 de março, a agência de notícias espanhola EFE noticiou mais de 10 operações semelhantes contra funcionários encarregados de coordenar a entrada de ajuda humanitária, principalmente em Rafah, no sul de Gaza, mas também em Nuseirat (centro) e Jabalya (norte).

“O objetivo da ocupação [israelita] por detrás dos assassinatos e massacres contra investigadores e trabalhadores no domínio da ajuda humanitária é consolidar a política de fome”, declarou o governo de Gaza em comunicado, após a morte de quatro funcionários palestinianos no princípio de abril.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.