Interpol prende 300 pessoas em investigação sobre rede criminosa na África Ocidental

A Interpol anunciou hoje que prendeu 300 pessoas, apreendeu o equivalente a 2,7 milhões de euros e bloqueou 720 contas bancárias no âmbito de uma operação mundial que visava o crime organizado a partir da África Ocidental.

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“O volume da fraude financeira proveniente da África Ocidental é alarmante e crescente”, disse o diretor do departamento do Crime Financeiro e Centro Anticorrupção, Isaac Oginni, na apresentação da operação Jackal III, que decorreu de 10 de abril a 03 de julho em 21 países, na qual vincou que “os resultados mostram a necessidade crítica de uma colaboração internacional na aplicação da lei para combater estas extensas redes criminosas”.

Um dos grupos identificados foi o Black Axe, um das mais proeminentes redes criminosas na região da África Ocidental, escreve a agência norte-americana de notícias Associated Press (AP), citando a Interpol, que afirma que este grupo opera em ciberfraudes, tráfico de seres humanos e de drogas, e é responsável por crimes violentos em África e a nível global.

Este grupo consegue abrir contas em todo o mundo e está sob investigação em mais de 40 países por atividades relacionadas com a lavagem de dinheiro, com suspeitos da Argentina, Colômbia, Nigéria e Venezuela, entre outras, diz a Interpol.

A Interpol integra 196 países membros, existe há mais de um século e trabalha para ajudar as polícias nacionais a comunicarem umas com as outras e perseguir suspeitos e criminosos em áreas como o terrorismo, crime financeiro, pornografia infantil, crime informático e crime organizado.

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