Governo italiano decreta dia de luto nacional

© Facebook/SilvioBerlusconi

O secretário-adjunto do Governo italiano, Alfredo Mantovano, decretou hoje um dia de luto nacional em homenagem a Silvio Berlusconi, que vai coincidir com o funeral de Estado do antigo primeiro-ministro italiano, na quarta-feira.

As bandeiras italianas e europeias também devem ser colocadas a meia haste em todos os edifícios públicos em Itália e em todas representações diplomáticas e consulares, entre hoje e quarta-feira.

O funeral de Silvio Berlusconi será celebrado pelo arcebispo de Milão, monsenhor Mario Delpini, na catedral de Milão na quarta-feira, às 15:00 locais (14:00 em Lisboa).

Ainda hoje, o corpo de Berlusconi estará em câmara ardente na sua mansão, na Villa Martino de Arcore, cidade próxima de Monza, ao norte de Milão.

No entanto, após uma inspeção da polícia, por motivos de segurança da ordem pública, não será possível realizar a câmara ardente nos estúdios da sua rede de televisão Mediaset, na terça-feira, informou a assessoria do meio de comunicação.

Em Roma, cidade onde desenvolveu a sua carreira política, a bandeira italiana foi colocada a meia haste no Senado, onde ocupava um assento desde as últimas eleições, em outubro de 2022.

A Câmara dos Deputados interromperá as suas atividades por dois dias.

Silvio Berlusconi, que hoje morreu aos 86 anos, foi uma figura polémica, magnata dos ‘media’, conservador e de direita e primeiro-ministro de Itália durante nove anos (1994-1995, 2001-2006, 2008-2011).

Foi alvo de acusações de corrupção e esteve no centro de escândalos sexuais que culminariam na sua expulsão do Senado italiano, em 2013.

Em 2022, o multimilionário regressou à ribalta política como senador e líder do partido que fundou, Força Itália, membro da coligação de direita e atualmente no poder, liderada pela primeira-ministra Giorgia Meloni.

Últimas do mundo

A UNICEF alertou hoje para a grave situação de desnutrição aguda que se propaga rapidamente nas áreas controladas pelo Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, com níveis “extremamente críticos” em crianças menores de cinco anos da costa ocidental.
Paetongtarn Shinawatra, filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin, foi hoje empossada como nova chefe de governo pelo rei Maha Vajiralongkorn, no final de mais uma crise política no país.
Uma organização não-governamental venezuelana denunciou que as mulheres detidas no país são constantemente sujeitas a tratamentos desumanos que vão de tortura física e psicológica à recusa de cuidados médicos adequados.
A Comissão Europeia enviou hoje um pedido de informações à Meta, ‘gigante’ tecnológica dona do Facebook e do Instagram, sobre a descontinuação do CrowdTangle, uma ferramenta para monitorizar desinformação ‘online’, questionando quais as medidas adotadas para o compensar.
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) voltou hoje a pedir às autoridades que respeitem os direitos dos venezuelanos perante a “incerteza” dos resultados das presidenciais de julho, em que Nicolás Maduro foi reeleito, mas que a oposição contesta.
O Papa Francisco disse hoje estar muito preocupado com a situação humanitária em Gaza, e voltou a apelar para um cessar-fogo, pedindo ainda que seja seguido “o caminho da negociação para que esta tragédia termine logo”.
O número de 40 mil mortos hoje anunciado na Faixa de Gaza em dez meses de guerra com Israel representa um “marco sombrio para todo o mundo”, lamentou o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
A reunião promovida pelos mediadores internacionais para discutir um acordo de cessar-fogo em Gaza começa hoje em Doha, Qatar, e deverá prolongar-se durante vários dias, com a ausência do movimento islamita palestiniano Hamas.
Um ‘rocket’ caiu hoje ao largo de Telavive, de acordo com o Exército israelita, que reportou um disparo a partir da Faixa de Gaza, ataque já reivindicado pelo braço armado do Hamas palestiniano.
Três anos após o regresso dos talibãs a Cabul, o Afeganistão tem uma economia de "crescimento zero", com a população atolada na pobreza, uma crise humanitária que se agrava e sem esperança de melhoria num futuro próximo.